O
AFASTAMENTO
Senhores,
desde quinta (18/09/2014) estou afastado por tempo indeterminado... Talvez eu
aguentasse suportar um pouco mais, porém, me perguntei pra quê? Por quem? ... Por
um orgulho em poder dizer que ainda estava aguentando ficar de pé? ...
Não!
Eu não estava, afinal, meus atrasos no trabalho não se resolveram mesmo tomando
um calmante para dormir... A volta de minhas atividades no mestrado, que seria
elaborar minha dissertação, não se realizou e as coisas continuaram paradas...
Então,
caros, comecei a formar uma ideia, a ideia que talvez o melhor fosse parar de
vez mesmo. Isso começou com a visita de meu melhor amigo, que comentou sobre me
afastar...
Depois
de ter passado mal na terça e ter pegado atestado na quarta, na quinta acordei
mais uma vez ainda um pouco mal, resolvi ir trabalhar (o orgulho né... a
vontade de lutar...), porem, chegando lá li um email do meu gerente, o email me
ameaçava com uma advertência e reclamava sobre os atrasos.
Aquilo
pra mim foi o último sinal que senti que estava vindo, eu precisava resolver
meus problemas.
Então
voltei ao P.S. e peguei o atestado daquele dia, tive mais um mal estar também...
Tentei um encaixe com o meu psiquiatra e expliquei todos os sintomas, ele mudou
minha medicação, receitou rivotril e outro antidepressivo, também me deu um
afastamento para o INSS, a qual eu ainda passarei pela perícia.
Na
sexta passei no escritório para pegar coisas pessoais e acabei mandando um
email para meu gerente, avisando que sairia de licença e pedindo uma
transferência...
Acho
que fiz bem, mais tarde o assistente social da empresa me ligou e disse que
existia essa possibilidade. Eu acabei desabafando com ele, contando diversos
problemas que estava enfrentando dentro e fora do trabalho, isso foi bom.
Agora
estou em casa, tentando reformular minhas ideias, rever as coisas, aguardando
minhas forças e fé voltarem. Não estou em uma cama chorando (nem consegui
chorar), mas não posso dizer que não estou no fundo do poço, e quem sabe isso
não seja bom, quem sabe isso não me traga as mudanças que sinto que tenho que
fazer.
A
ideia agora é tentar fazer planos alcançáveis: talvez academia, talvez uma
viagem, ainda não sei bem... Pensei em fazer um tratamento em um centro espírita
também...
Agora
preciso compartilhar uma coisa com vocês sobre essa última semana, no final de
semana de 13 e 14 de setembro, fui a um retiro em uma organização que trabalha
com meditação e desenvolvimento pessoal. Na verdade não fiquei hospedado com
eles, fiquei em outro hotel e só participei das palestras e meditações, já
havia um tempo que estava sentindo a necessidade de ir a um retiro. O tema foi
sobre pensamento... Fizemos exercícios de meditação... Foi muito legal... Comecei
a semana feliz como há muito tempo não estava.
O
problema? ... Mesmo depois que fiquei nesse estado de felicidade passei mal
(crise de ansiedade), um pouco na segunda e muito na terça... Inclusive na terça
a noite quando estava pior, eu estava justamente assistindo uma palestra sobre
doenças que a mente produz e tal... Bem interessante também, em uma outra
organização, pena que sai na metade da palestra, passando mal.
Por
que estou falando isso? Seguinte: senti minha fé diminuída depois desses
acontecimentos, quero dizer, nem mesmo bem e buscando ficar bem, consegui fugir
de uma crise. Acho que essas coisas somadas me fizeram ir atrás do médico e
pegar esse afastamento.
Não
estou dizendo que não acredito em mais nada, eu ainda acredito sim, sempre
achei que a vida tivesse um sentido maior, mas confesso que isso abalou um
pouco minhas crenças, ao menos momentaneamente...
Isso,
somando ao fato de estar em casa, parece que apertei o reset de alguma forma, e
não simplesmente empurrei os problemas como estava fazendo há tanto tempo.
A
questão é que não posso negar que me sinto um pouco perdido, com o futuro
incerto e sem saber o que irá acontecer se quer no presente...
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