Nesse
momento são 3:46 da madrugada de sábado para domingo, na verdade eu deveria ter
escrito o texto do dia 10 primeiro, mas acabei não conseguindo.
Depois
de tomar minha dose do Rivotril e um calmante para dormir, vi que apesar de
estar um pouco mais sonolento, não iria conseguir dormir mesmo utilizando esses
remédios. Estava deitado, então resolvi levantar e assistir televisão na sala,
um filme, tal de Millenium, depois um programa de esporte. Voltei ao quarto,
deitei, percebi novamente que não iria dormir e resolvi vir escrever um pouco.
Bom,
hoje (11) fui a academia, dei uma passada naquela lista de tarefas e à noite
consegui passear no shopping com minha noiva, minha mãe, minha irmã e meu
cunhado. Ganhei uma camisa da minha irmã de presente de aniversário...
(Sorriso)
Hoje
acordei um pouco melhor, nos últimos dois dias não estava tão bem. Dia 09 por
conta do meu problema no mestrado e ontem (10), tive uma espécie de ressaca pós
depressão, além de outros acontecimentos do dia, que vocês irão ler na outra
seção.
Também
pude notar que hoje eu estava mais irritado, não sei ao certo o porquê, mas estava...
Antes de ir ao shopping até tomei um chá de camomila para ficar um pouco mais
calmo, eu tinha acabado de conversar aqui em casa com minha noiva sobre a
perícia que irei fazer na próxima semana e sobre o mestrado.
O
chá ajudou um pouco, mas não me impediu de ter um início de crise de ansiedade
ou pânico... Assim que entrei no carro para o passeio pude perceber minha
respiração modificar e minhas pernas enfraquecidas. Tentei ir me acalmando,
fiquei em silencio e depois passou... O passeio acabou sendo legal.
Chegando
aqui em casa acabei tendo uma conversa com minha noiva. Apesar de não ter
gerado briga, acabei ficando sem sono, percebi que eu poderia ter dado minha
opinião de outra forma, com relação ao assunto que estávamos conversando.
Em
pouco tempo ela resolveu ficar mais quieta e depois acabou chorando um pouco, e
isso me deixou aborrecido, não queria que ela tivesse passado por isso.
Nós
não temos o costume de brigar, graças à Deus, esse é o melhor relacionamento
que já tive, principalmente com relação a esse tipo de coisa. Nós realmente
sabemos nos entender sem ter que entrar em nenhuma briga de EGOS.
Minha
noiva é uma mulher de muita personalidade, mas tem toda uma delicadeza de
menina. No bom sentido, ela parece uma linda boneca de porcelana, daquelas que
temos que ter toda delicadeza, mas que também são lindas, e nos passam a
sensação de que temos que tomar todo o cuidado no momento de admirá-la.
Não
fazendo comparações, mas uma vez pensei que nossa relação era melhor do que
meus 2 últimos relacionamentos anteriores por conta das dificuldades que passei
anteriormente, ou seja, esse relacionamento era bom por que as coisas na minha
vida estavam mais fáceis. Mas essa suposição já não tem mais tanta força.
Nesses dois anos e cinco meses que estamos juntos, ela já passou por bastante
coisa estando comigo. Primeiro a questão da distância, lembrando que moramos
longe e nos vemos apenas aos finais de semana. Depois porque eu sempre estava
ocupado a semana toda, minha vida esteve mais agitada nesse período, então
muitas vezes não conseguia dar a ela tanta atenção ao telefone e ainda, ela
aceitou muitas vezes ter que vir a minha casa em diversos finais de semana
seguidos por conta das minhas atividades do mestrado.
Senão
bastasse, teve que conviver com diversas recaídas que eu tive de depressão, e,
de agosto para cá, com as crises de ansiedade que ando tendo.
Minha
noiva já deve ter conhecido uns quatro Felipe, o Felipe forte, que estava
obstinado a concluir o TCC da pós graduação e ao mesmo tempo trabalhar e cursar
o mestrado, esse Felipe ela admira, mas reclama que eu me distancio dela as
vezes (Risos). Ela também conheceu um outro Felipe, dócil, carinhoso, com tempo
livre para aproveitarmos, e que ela percebe tão bem que esse Felipe voltou que
todas as vezes ela fala: “Eu gosto de você assim”. Então eu digo: “assim como?”.
Ela responde: “Desse jeito diferente, mais carinhoso”. Esse Felipe geralmente
só aparece em momentos de menos estresse ou quando eu decido ou sou “forçado” a
dar um tempo nas coisas...
Tem
outro Felipe que eu sei que ela conhece, esse é o que ela menos gosta, mas é o
Felipe que ela “até aceita”, é o Felipe chato, o Felipe que está tendo dificuldades
de controlar as situações da vida, então se torna um “reclamão”, por vezes tagarela e repetitiva,
até mesmo desagradável, mas esse Felipe ela vai levando e esperando... Que logo
ele vai embora novamente...
Agora tem um Felipe que eu acho que realmente
faz mal a ela, e esse Felipe é o mesmo que acaba fazendo mal aos outros
“Felipes” também, é o Felipe “doente” ... É o Felipe triste e paralisado, é o
Felipe que preocupa, é o Felipe que já deveria até ter ido embora...
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