domingo, 12 de outubro de 2014

11/10/2014 EU E MINHA NOIVA




Nesse momento são 3:46 da madrugada de sábado para domingo, na verdade eu deveria ter escrito o texto do dia 10 primeiro, mas acabei não conseguindo.

Depois de tomar minha dose do Rivotril e um calmante para dormir, vi que apesar de estar um pouco mais sonolento, não iria conseguir dormir mesmo utilizando esses remédios. Estava deitado, então resolvi levantar e assistir televisão na sala, um filme, tal de Millenium, depois um programa de esporte. Voltei ao quarto, deitei, percebi novamente que não iria dormir e resolvi vir escrever um pouco.

Bom, hoje (11) fui a academia, dei uma passada naquela lista de tarefas e à noite consegui passear no shopping com minha noiva, minha mãe, minha irmã e meu cunhado. Ganhei uma camisa da minha irmã de presente de aniversário... (Sorriso)

Hoje acordei um pouco melhor, nos últimos dois dias não estava tão bem. Dia 09 por conta do meu problema no mestrado e ontem (10), tive uma espécie de ressaca pós depressão, além de outros acontecimentos do dia, que vocês irão ler na outra seção.

Também pude notar que hoje eu estava mais irritado, não sei ao certo o porquê, mas estava... Antes de ir ao shopping até tomei um chá de camomila para ficar um pouco mais calmo, eu tinha acabado de conversar aqui em casa com minha noiva sobre a perícia que irei fazer na próxima semana e sobre o mestrado.

O chá ajudou um pouco, mas não me impediu de ter um início de crise de ansiedade ou pânico... Assim que entrei no carro para o passeio pude perceber minha respiração modificar e minhas pernas enfraquecidas. Tentei ir me acalmando, fiquei em silencio e depois passou... O passeio acabou sendo legal.

Chegando aqui em casa acabei tendo uma conversa com minha noiva. Apesar de não ter gerado briga, acabei ficando sem sono, percebi que eu poderia ter dado minha opinião de outra forma, com relação ao assunto que estávamos conversando.

Em pouco tempo ela resolveu ficar mais quieta e depois acabou chorando um pouco, e isso me deixou aborrecido, não queria que ela tivesse passado por isso.

Nós não temos o costume de brigar, graças à Deus, esse é o melhor relacionamento que já tive, principalmente com relação a esse tipo de coisa. Nós realmente sabemos nos entender sem ter que entrar em nenhuma briga de EGOS.

Minha noiva é uma mulher de muita personalidade, mas tem toda uma delicadeza de menina. No bom sentido, ela parece uma linda boneca de porcelana, daquelas que temos que ter toda delicadeza, mas que também são lindas, e nos passam a sensação de que temos que tomar todo o cuidado no momento de admirá-la.

Não fazendo comparações, mas uma vez pensei que nossa relação era melhor do que meus 2 últimos relacionamentos anteriores por conta das dificuldades que passei anteriormente, ou seja, esse relacionamento era bom por que as coisas na minha vida estavam mais fáceis. Mas essa suposição já não tem mais tanta força. Nesses dois anos e cinco meses que estamos juntos, ela já passou por bastante coisa estando comigo. Primeiro a questão da distância, lembrando que moramos longe e nos vemos apenas aos finais de semana. Depois porque eu sempre estava ocupado a semana toda, minha vida esteve mais agitada nesse período, então muitas vezes não conseguia dar a ela tanta atenção ao telefone e ainda, ela aceitou muitas vezes ter que vir a minha casa em diversos finais de semana seguidos por conta das minhas atividades do mestrado.

Senão bastasse, teve que conviver com diversas recaídas que eu tive de depressão, e, de agosto para cá, com as crises de ansiedade que ando tendo.

Minha noiva já deve ter conhecido uns quatro Felipe, o Felipe forte, que estava obstinado a concluir o TCC da pós graduação e ao mesmo tempo trabalhar e cursar o mestrado, esse Felipe ela admira, mas reclama que eu me distancio dela as vezes (Risos). Ela também conheceu um outro Felipe, dócil, carinhoso, com tempo livre para aproveitarmos, e que ela percebe tão bem que esse Felipe voltou que todas as vezes ela fala: “Eu gosto de você assim”. Então eu digo: “assim como?”. Ela responde: “Desse jeito diferente, mais carinhoso”. Esse Felipe geralmente só aparece em momentos de menos estresse ou quando eu decido ou sou “forçado” a dar um tempo nas coisas...

Tem outro Felipe que eu sei que ela conhece, esse é o que ela menos gosta, mas é o Felipe que ela “até aceita”, é o Felipe chato, o Felipe que está tendo dificuldades de controlar as situações da vida, então se torna um  “reclamão”, por vezes tagarela e repetitiva, até mesmo desagradável, mas esse Felipe ela vai levando e esperando... Que logo ele vai embora novamente...
Agora tem um Felipe que eu acho que realmente faz mal a ela, e esse Felipe é o mesmo que acaba fazendo mal aos outros “Felipes” também, é o Felipe “doente” ... É o Felipe triste e paralisado, é o Felipe que preocupa, é o Felipe que já deveria até ter ido embora...
 

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